Por: Gabriel Henrique*
Este é um artigo de opinião. O espaço se encontra aberto para as demais candidaturas.
No dia 03 de março de 2024, acontecerá a eleição do 1° turno para reitoria da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) para o quadriênio 2024- 2028. Toda a comunidade acadêmica tem direito a voto, tanto alunos, quanto professores e técnicos administrativos.
A UFMT, nos últimos anos, vem sofrendo ataques e cortes de verbas que comprometem diretamente o funcionamento da instituição. Só no governo Bolsonaro, foram R$ 15,7 milhões em cortes.
A atual gestão da UFMT jogou a conta para os estudantes pagarem: 2.500 bolsas da assistência estudantil foram retiradas. Coincidência ou não, houve uma evasão de 3.000 estudantes só no campus Cuiabá!
Portanto, é momento de mudança!
Quatro chapas estão disputando o pleito e a que tem se destacado no debate e no apoio de todos os segmentos da comunidade, incluindo o movimento estudantil e os movimentos sociais, é a Chapa 1 “UFMT QUE QUEREMOS”.
A chapa é encabeçada por uma grande defensora da universidade pública, a professora Marluce Silva, graduada pela Faculdade de Serviço Social de Uberlândia e em Direito pela Universidade Federal de Uberlândia (MG), Mestre e Doutora em Política Social pela Universidade de Brasília (Unb).
Atualmente, é professora do Curso de graduação em Serviço Social e do mestrado em Política Social da UFMT, e diretora do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS).
Seu vice é o professor Silvano Macedo, graduado em Direito, Especialista em Relações Internacionais, Mestre em Direito Agroambiental e Doutor em Saúde Coletiva pela UFMT.
Além da carreira acadêmica, foi também Corregedor Geral do município de Cuiabá, entre 2013 e 2016, e vice-presidente do Tribunal de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT), entre 2016 e 2022. Professor da Faculdade de Direito da UFMT desde 2014, é coordenador do Núcleo de Prática Jurídica.
A esperança nasce no sentimento de haver uma possibilidade na construção de uma universidade que seja mais inclusiva e que resolva os problemas administrativos e estruturais da atual gestão.
Gestão que, no primeiro debate entre os candidatos, ao se manifestar sobre segurança pública, associou o ICHS (Instituto de Ciências Humanas e Sociais) ao tráfico de drogas dentro da instituição, o que gerou indignação nos estudantes e profissionais presentes.
Gestão que tenta vender a imagem de uma universidade que não existe. Basta dar uma volta nos campi para ver a realidade: tetos caindo na cabeça de quem por ali passa, blocos com estruturas comprometidas, elevadores para pessoas PCDs que não funcionam, contratos com empresas privadas que colocam os trabalhadores em situação de insalubridade, adoecimento de estudantes e profissionais que não encontram atendimento de saúde disponível a todos.
Diante de tanta precariedade, o programa de gestão da chapa 1 “UFMT QUE QUEREMOS” foi construído de forma coletiva, ouvindo a comunidade, e está aberto ao diálogo para atender a possíveis demandas.
Conheça as propostas da chapa 1 “UFMT QUE QUEREMOS”:
• Garantir a democracia e a transparência nas decisões institucionais;
• Diálogo aberto e direto com a comunidade universitária (presença efetiva nos campi do Araguaia, Sinop e Várzea Grande nos diferentes e diversos espaços de encaminhamentos da gestão;
• Planejamento e orçamento participativo;
• Garantir condições ambientais de trabalho, respeito e dignidade e valorização dos serviços públicos e dos servidores docentes e técnicos administrativos;
• Por uma UFMT antirracista, de combate ao preconceito e ao assédio e a todo tipo de violência e opressão;
• Apoio logístico e financeiro aos programas de pós-graduação;
• Ampliação de vagas para docentes e técnicos da UFMT;
• Garantir acesso e condições de permanência a todos/as, especialmente as mães estudantes; quilombolas, LGBTQIAPN+, negros, indígenas, com deficiência ou sofrimento psicossocial;
• Cultura, esporte e lazer para todas as pessoas da comunidade acadêmica (incentivando as mais diversas formas de expressões artísticas e a criação de uma política de esporte e de apoio efetivo ás atléticas).
O movimento “UFMT QUE QUEREMOS” surge como uma alternativa de organização dentro da universidade. A disputa pela reitoria é apenas consequência das diversas bandeiras de luta levantadas por todas e todos que as compõem.
Sobre as demais chapas
Mesmo diante da flagrante incapacidade de gestão, o atual reitor, Evandro Soares da Silva, da Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia (FAET), tenta a reeleição, junto com sua vice, Márcia Hueb, graduada em Medicina pela Univas (MG), pela chapa 2.
Pela chapa 3, concorre o professor Marcus Cruz, Doutor em História Social e diretor do IGHD (Instituto de Geografia História e Documentação) e sua vice, Lisiane Pereira, do Departamento de Zootecnia.
Pela chapa 4, a professora Iramaia Cabral, do departamento de Física e seu vice, Alex Neves, graduado em Engenharia Civil e Doutorado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Estudantes e docentes! Fiquem atentos ao calendário de debates, visitas e reuniões. Venham construir uma UFMT popular, democrática, inclusiva, laica, pública e de qualidade. A UFMT QUE QUEREMOS só depende de nós!
Gabriel Henrique é estudante de Ciências Sociais da UFMT e coordenador da Juventude da Articulação de Esquerda do Partido dos Trabalhadores (JAE/PT-MT).