A vereadora Edna Sampaio desmentiu, nesta quarta-feira (3), as acusações de suposto desvio da Verba Indenizatória de sua ex-chefe de gabinete.
Ela explicou que não há qualquer ilegalidade no uso da verba, que tem sido utilizada estritamente para fins da vereança e que regularmente são feitas prestações de conta dos gastos, inclusive aos co-vereadores do Mandato Coletivo pela Vida e por Direitos.
A parlamentar esclareceu também que a V.I. não configura salário e não pode ser destinada ao uso particular da chefe de gabinete ou da própria vereadora, devendo ser gasta para o custeio das atividades desempenhadas a serviço do gabinete.
Ela destacou que a aplicação da verba é regida pela lei n.° 6.902/2023, que dispõe sobre o pagamento de verba indenizatória aos ocupantes de cargos em comissão do poder legislativo municipal e dá outras providências.
Esta lei destina a V.I. para "atendimento de demandas nas comunidades, supervisão dos trabalhos dos assessores externo, visitas às secretarias e órgãos da administração para averiguação do andamento das demandas e checagem in loco do cumprimento das indicações”, entre outras atividades, as quais desempenhadas por diferentes membros da equipe.
Na visão da parlamentar, atualmente o uso de fake news passou a ser um instrumento de pressão contra os que incomodam os grupos hegemônicos do poder.
Ela atribuiu mais esse ataque a uma represália diante de sua oposição a Emanuel Pinheiro e a Mauro Mendes e do fato de o Partido dos Trabalhadores ter anunciado, recentemente, que apresentará candidatura própria nas próximas eleições.
“Estamos firmes e fortes numa relação de independência, de crítica e de oposição à gestão municipal e à gestão estadual. Isso nos coloca numa situação incômoda e, obviamente, estamos falando de uma eleição na qual a ponta de lança será o nosso mandato”, disse.
“O PT exerce a presidência da República e, aqui no município, por duas vezes chegou a disputar o segundo turno. Um partido forte, que tem proposta e vamos lançar a nossa candidatura própria, dialogada com a Federação, no próximo ano”.
Ela destacou que o partido tem nomes para o pleito eleitoral, e que isso incomoda aos que estão acostumados a fazer disputa entre dois grupos, "que não compreendem que as pessoas têm uma diversidade e merecem ser representadas pelo que há de diferente e não pela mesmice que tem sido a política em Mato Grosso”.
Edna disse estar muito tranquila e preparada para enfrentar os ataques que sofre frequentemente por ser mulher, negra e de esquerda.
A parlamentar também desmentiu a informação de que haveria uma investigação junto ao Ministério Público Estadual sobre o caso e apresentou uma certidão negativa emitida pelo órgão.
“Sabia que esse risco era inerente a quem faz a política contrariando os interesses dos grandes, que se acham proprietários da política. Mas sabemos que nossa força, nossa capacidade de seguir em frente está diretamente relacionada à nossa disposição de dialogar, falar a verdade e construir coletivamente”.
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