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Edna denuncia Comissão Processante por preparar “mamão com açúcar" para Emanuel Pinheiro



A vereadora Edna Sampaio (PT) solicitou nesta terça-feira (30) seu desligamento da Comissão Processante que investiga o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) na Câmara Municipal de Cuiabá.


A vereadora apontou que a Comissão vem desrespeitando o rito legal de maneira proposital, para levar à nulidade o processo de cassação do prefeito.


Segundo a vereadora, essa estratégia atende tanto aos interesses dos vereadores, que votarão pela cassação visando preservar sua imagem perante a população, quanto aos do prefeito que, com a nulidade, voltará ao Palácio Alencastro pela via judicial.


Edna apontou que a Comissão ignorou a proposta de calendário apresentada por ela e não construiu uma agenda de trabalho.

Com relação ao parecer da Comissão sobre a defesa prévia do prefeito, Edna disse que o pedido de vistas feito por ela foi para fundamenta-lo melhor, mas as contribuições que apresentou formam desconsideradas.


Em sua avaliação, o parecer da Comissão não afastou de forma devidamente adequada os argumentos trazidos na defesa prévia, o que abriu espaço para questionamentos e colocou em risco a integridade do processo.


Edna lembrou, ainda, que foram ignorados os requerimentos feitos por ela para que a Comissão contasse com sala própria e um servidor de carreira da área jurídica para fazer seu assessoramento.


Ela ainda destacou que a Procuradoria da Casa não é órgão competente para decidir pela comissão e que há suspeição do Procurador Geral da Casa, Marcus Brito, por ser homem de confiança de Emanuel Pinheiro e do presidente da Câmara, vereador Chico 2000.


“O que está se preparando é um ‘mamão com açúcar’ para o prefeito e uma solução política em que todos vão votar a favor da cassação, porque, afinal de contas, aqui não há outro interesse que não salvar os seus próprios mandatos. E salvar os seus próprios mandatos significa ficar do lado oposto do prefeito”, afirmou.


“Não vou participar dessa solução de consenso que não me inclui. O consenso que há sobre mim é para me perseguir, me cassar. A espetacularização da cassação da vereadora Edna nao se compara, nem de longe, à forma como a comissão processante do prefeito está sendo conduzida”, alegou.


A parlamentar enfatizou que não pode ficar em uma Comissão que já tem, previamente, o resultado a ser produzido. “É uma comissão de faz de conta, então eu não vou poder, infelizmente, continuar”, disse.


Edna reafirmou que continuará denunciando Chico 2000 (PL) pela perseguição que vem sofrendo e declarou que, graças a essa situação, adoeceu e recebeu o diagnóstico de depressão.


“Não vou parar nenhum dia, nenhum momento de fazer a denúncia do meu agressor. A depressão talvez seja o resultado do ódio que as mulheres sentem de não poder reagir à altura da covardia dos homens”, afirmou.


“Conheço bem a consequência da violência contra a mulher e o adoecimento é uma delas. Mas eu sou forte, o que me enverga não me quebra”.


Assessoria de Comunicação

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