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Foto do escritorEquipe Edna Sampaio

"Sou vítima de violência psicológica e moral", diz Edna





Em referência ao mês de combate à violência contra a mulher, a vereadora Edna Sampaio (PT) destacou, durante sessão ordinária desta terça-feira (15) que, além da violência doméstica, também é preciso discutir a violência sofrida pelas mulheres nos espaços de poder.


Edna prestou condolências à família da advogada Cristiane Castrillon da Fonseca, assassinada, no último domingo (13), pelo ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis e destacou os 17 anos de criação da lei Maria da Penha.


Ela citou os estudos feitos pela Juíza de Direito no TJ-RS, Karen Luize, segundo os quais a eficácia da Lei Maria da Penha na redução da violência contra mulheres não aconteceu da mesma forma para negras e brancas, já que o racismo estrutural promove a hierarquização entre grupos e a exclusão social.


“Segundo a juíza, apenas o critério de gênero não é suficiente para proteger as mulheres negras. É necessário falar de gênero e raça, das chamadas interseccionalidades. O racismo estrutural se apresenta de forma muito enraizada na sociedade e no nosso inconsciente coletivo. Temos uma curva decrescente de feminicídios entre as mulheres brancas e ascendente entre as negras”, disse.


Edna destacou que a violência contra a mulher não pode ser entendida apenas como feminicídio.


“Também no espaço da política, as mulheres são vítimas de violência, não pelos seus parceiros, mas por aqueles colegas que, como temos visto aqui, tentam fazer o extermínio moral e psicológico”, disse.

Ela citou a notícia-crime que protocolou, em março deste ano, junto à Polícia Federal, contra o vereador Dilemário Alencar por prática de violência política de gênero.


Referindo-se especificamente aos vereadores Michelly Alencar e Dilemário, afirmou que tem sido vítima de dois tipos de violência tipificados pela lei Maria da Penha.

“Estou sofrendo violência moral e psicológica, uma vez que uma denúncia foi feita aqui em relação à minha atitude, no âmbito do meu mandato, e, sem que nenhuma prova fosse apresentada contra mim, continuo sendo achincalhada”, disse ela.

“Chamar uma colega de mentirosa, cara-de-pau, mau-caráter. Tentar equiparar a exoneração de uma chefe de gabinete à demissão de um cargo de carreira, onde eu não tivesse livre possibilidade de nomeação e exoneração, é tentar manipular a opinião pública, fazendo, mais uma vez, a repercussão da violência política de gênero”, disse.




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