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Foto do escritorEquipe Edna Sampaio

Edna critica cortes no orçamento da Unemat e de instituições federais




A vereadora Edna Sampaio (PT) criticou, nesta terça-feira (31), os cortes feitos pelo governo do estado no orçamento da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat) e a falta de uma política estadual consistente para a inclusão social dos alunos.


Ela destacou a queda drástica do orçamento da educação em todos os níveis, salientando o impacto trágico destas medidas sobre o desenvolvimento da educação no estado e no país, em longo prazo.

Docente da Unemat há 28 anos, ela participou do debate dos candidatos à reitoria da instituição, nesta segunda (30), em Cáceres. A eleição acontece nesta quarta-feira (1º). “Cuiabá é o município que mais contribui com impostos e não temos uma política organizada de acesso ao ensino superior promovida pelo estado, mas, sistematicamente, nestes quatro anos, o governo tem cortado recursos da Unemat. A universidade ficou fechada por causa da pandemia e hoje se encontra em situação de calamidade. Quando os governos vão olhar para essa tragédia em curso?”, disse. A parlamentar criticou, ainda, a falta de uma política de educação em Mato Grosso, reprovando a estratégia adotada pelo governo do estado de remanejar a gestão de escolas estaduais para o município, desrespeitando a legislação que trata da constituição do sistema único de educação no estado. E apontou também a interferência do setor privado na disputa pelo segmento na capital e a falta de interesse da Prefeitura e do governo em articular a rede de educação para constituir um sistema único. “Não temos mais política de educação. A gestão democrática foi destruída em nosso estado. Não se respeita estruturas democráticas construídas com muita luta e isso tem efeitos sobre o desenvolvimento da educação”. Cortes federais Edna lamentou também o corte de R$ 3,2 bilhões no orçamento do Ministério da Educação, anunciado dias atrás pelo governo federal, que afetará todos os órgãos do ministério, como institutos e universidades, interferindo, por exemplo, na manutenção de programas de pós-graduação amplamente reconhecidos, e denunciou seu impacto sobre o desenvolvimento do ensino no país. A vereadora classificou esta medida, que tirou mais um bilhão de reais das universidades federais, como uma retaliação contra a resistência das instituições à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 206/2019, que trata da cobrança de mensalidades em universidades públicas. “Estão sendo excluídas da universidade justamente as pessoas beneficiárias das cotas raciais, das cotas de escolas públicas; vai se produzir, ao longo dos anos, maior desigualdade. A universidade está se tornando mais elitizada e branca”, disse. A vereadora salientou o quanto isso afeta o município e deve ser alvo de discussão na Câmara. “Temos o hábito de pensar que a atuação parlamentar é focada apenas nos equipamentos que o poder público municipal toma conta, mas os alunos que estão na universidade federal, ou excluídos dela, são cidadãos cuiabanos, em sua maioria”.

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