Depois de receber denúncias sobre a falta de remédios de uso psiquiátrico na rede pública da capital, a vereadora Edna Sampaio (PT) protocolou uma representação junto à 7ª Promotoria de Justiça Especializada na Defesa da Saúde Coletiva de Cuiabá.
Endereçada ao promotor Alexandre de Matos Guedes, ela denuncia a falta de medicamentos como o carbonato de lítio e a carbamazepina - utilizados para o tratamento de crises convulsivas, doenças neurológicas e algumas condições psiquiátricas, como o transtorno bipolar - nas unidades de saúde.
“Essa situação submete os pacientes ao risco de surto psicótico e risco de suicídio, já que são medicamentos prescritos para o uso contínuo de pacientes diagnosticados com algum tipo de doença/transtorno mental [...]. Considerando-se, ainda, que esta situação perdura há tempos, pugna-se pela tomada de providências para que a Prefeitura Municipal de Cuiabá disponibilize as referidas medicações aos usuários do SUS”, diz a representação.
Uma das denúncias partiu da escritora Luciene de Carvalho que, na semana passada, usou suas redes sociais para falar do tema.
A escritora, que é usuária do SUS, salientou que desde o início da pandemia de Covid-19, tem sentido a redução na oferta destes medicamentos na rede, e que a situação só tem piorado.
Ela destacou o impacto econômico e emocional desta situação sobre os pacientes.
“Quem são os responsáveis pela garantia da chegada da medicação psiquiátrica à rede de saúde pública? O diagnóstico psiquiátrico vem acompanhado de vergonha, desencanto, silenciamento… É necessário juntar-se a tudo isso a falência das farmácias do CAPS, da UPA e do postinho?”, escreveu.
Por: Neusa Baptista Pinto
Assessoria de Comunicação
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