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Foto do escritorEquipe Edna Sampaio

Cidadania LGBTQIA+ é tema de Tribuna Livre



A presidente da organização "Mães pela Diversidade", Josi Marconi, marcou presença na Tribuna Livre desta terça-feira (28), Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, a convite da vereadora Edna Sampaio (PT) para falar sobre o respeito à cidadania desta parcela da população.


Marconi resgatou o significado da data, que é lembrada hoje devido à histórica Rebelião de Stonewall, uma série de manifestações espontâneas de membros da comunidade LGBTqia+ contra a invasão feita pela polícia de Nova Iorque ao bar Stonewall Inn, no dia 28 de junho de 1969, eventos que é considerados um marco do movimento de liberação e do fortalecimento do ativismo LGBTQIA+ no debate público.


A ativista ressaltou a violência que vem vitimando esta população em Cuiabá e em Mato Grosso. Segundo o Observatório de Mortes e Violências contra LGBT no Brasil, Mato Grosso é o segundo estado com maior índice de mortes violentas contra a população LGBTQIA+ no país.


Os números levam em conta a quantidade de mortes para cada milhão de habitantes, no ano de 2021. Em Mato Grosso, foram 3,36 óbitos para cada milhão, e o estado fica atrás apenas do Alagoas, que tem 4,75 óbitos a cada milhão. Mato Grosso ocupa o 11º lugar no Brasil em quantidades de mortes e Cuiabá está na sétima posição.


“Nossos filhos têm sido assassinados, humilhados, excluídos da sociedade. Eu, como mãe, estou representando muitas mães e vim falar sobre essa violência velada, estrutural, que nos faz chorar. No dia de hoje, há 53 anos, no bar Stonnewall, nos Estados Unidos, na década de 60, os LGBTs resolveram resistir contra a polícia que prendia. Por isso, este dia é tão importante. Infelizmente, ainda hoje, a população LGBT continua sendo perseguida em nome de muitas coisas: de Deus, da política etc. Nós, mães, viemos aqui dizer que LGBT não é ‘filho de chocadeira’, tem família, LGBT quer ter uma vida digna”, disse Josi Marconi.


Segundo ela, a população LGBT é extremamente vulnerável, pois não tem acesso a emprego, é expulsa de casa, de escolas e não consegue ser socialmente incluída.


Os LGBTs reivindicam respeito e aceitação em todos os ambientes, especialmente nos equipamentos públicos, como escolas e unidades de saúde, permitindo-lhes usufruir seus direitos como cidadãos, e denunciam a violência que os vitima de maneira cruel no Estado.


“Dizem que eles são assim por opção, mas tenho certeza que ninguém quereria, por opção, ser excluído de uma sociedade que vem matando e estimulando o suicídio de pessoas LGBT, que são mais suscetíveis a isso, porque não são aceitas, respeitadas por uma sociedade que não entende o diferente, apesar de falar dele e de pregar o amor”, disse a ativista.



Edna Sampaio lembrou ser mãe de uma pessoa LGBT e militante da causa muito antes de saber deste fato, e que ficou ofendida quando, no início do mandato, foi impedida de assumir a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Casa, mesmo sendo formada e já tendo coordenado políticas na área de Direitos Humanos, devido ao fato de que sua pauta envolvia a questão LGBT e, por isso, atentaria contra a família.


“Sou mãe de LGBT e essa questão precisa ser tratada por essa Casa. Não podemos mais encarar a questão da diversidade sexual como uma questão de desmoralização da família. LGBT não é imoralidade, não é desvio de caráter, nem desconstrução das famílias”, disse ela.


“Sou casada com um homem há 35 anos, tenho uma linda família com três filhos. Duvido que aqui tenha pessoas com mais tempo de casa do que eu e minha família é ‘tradicional’, como se diz, mas ama e defende as outras pessoas, e já defendia esta pauta mesmo antes de saber que minha filha é LGBT”, comentou.



“Falar de amor de Deus, orar, ler a Bíblia e, ao mesmo tempo, promover o preconceito, que mata tantas pessoas, é um absurdo que não podemos admitir”, disse ela.



“Essa Casa tem amor e respeito a todos, sem exceção. A vereadora Edna está sempre na linha de frente, com o apoio de todos, inclusive desta mesa diretora. Todos são muito bem vindos e merecem respeito. Parabéns pela coragem de vir aqui não defender seu filho, mas a todos. Obrigado vereadora Edna, que sempre traz assuntos relevantes a esta Casa”, disse o presidente da Câmara, vereador Juca do Guaraná.










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